julho 10, 2012

Nilo e você, Tudo a Ver!



Nos meses de maio e junho, foram feitas as oficinas do Pro I-Digit@l na Escola Municipal Nilo Pereira, que se localiza em Casa Amarela, bairro da cidade do Recife - PE. Nesses dois meses, cerca de vinte jovens participaram das quatro oficinas do programa e, nesta postagem, vamos falar um pouco do que rolou na Oficina de Vídeo Digital. Foram duas turmas - uma com 16 participantes e a outra, com 6. Engraçado é que cada uma das turmas se mostrou bastante de diferente: a mais numerosa se comunicava mais, parecia mais à vontade conosco. Já a que era menos numerosa ficou mais ressabiada, desconfiada, talvez, justamente, por se sentir menos "protegida". Achamos que seria o contrário: por ter menos pessoas, a turma se sentiria mais envolvida e predisposta a criar. 


Precisamos desenvolver diversas estratégias para ganhar a atenção e a disposição dos jovens: procuramos dialogar de maneira bastante horizontal, sem criar aquele distanciamento entre 'adulto' e 'adolescente' que não favoreceria o espaço de criação que estávamos querendo propor.  Mesmo com as dificuldades naturais de um processo criativo, que mexe com a auto-estima, com a auto-crítica e tantos outros sentimentos imprevisíveis, conseguimos realizar um trabalho positivo, que deu um start no processo de criação daqueles jovens. 

Tivemos muitas dificuldades em questões técnicas - como softwares que não 'aceitavam' o formato em que os vídeos eram gravados ou com a exibição no datashow -, mas era até engraçado ver o interesse dos jovens em refazer as cenas dos vídeos sempre que algo dava errado. Persistência é uma lição importante, na idade deles ou na nossa. 


(Teve até um dos rapazes, Erick, que, em todas as  oficinas, tinha algum problema na gravação ou na edição e dizia que estava azarado na oficina e ele era um dos mais interessados. Coisas estranhas acontecem para testar nossa paciência, kkk :D)

Mas, ao final, conseguimos aprender bastante com eles. Afinal, foi nossa primeira experiência com nosso público-alvo. Observar aquelas pessoinhas criando, lidando com barreiras e se superando é como ver a nós mesmos nas nossas dificuldades e nos puxarmos pela mão para nos ajudar a atravessar, sem medo, a ponte que nos leva para o mundo lá fora/dentro. 

Na próxima postagem, os vídeos realizados pelas turmas. Até mais.

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